quarta-feira, 23 de março de 2011

And now?

Acordei, e devido a certo receio, tentava permanecer com os olhos fechados pelo máximo de tempo possível. Passaram-se horas, e horas, e horas. Continuava ali enrolada em meus edredons, com medo de que tudo fosse diferente. Não queria despertar para meu maior pesadelo, outra vez.
Insistiram, pediram para que eu me levantasse. As vozes pelo corredor cada vez iam se tornando mais altas, pensei que era um jeito de fazer-me despertar por completo. Abriram as cortinas para que o sol entrasse em meu quarto. Mas nem mesmo o dia mais bonito, com aquele céu azul que tanto admiro, sem nuvens, apenas brilhando a cor celeste, nada disso conseguiu tirar-me da cama. Eu sentia medo, e não queria contar a todos sobre o medo que tinha. Iam dizer que era bobagem, que era invenção de minha mente, que era muito pouco para sofrer, que logo ia passar... Porém, em meu coração, era muito.
Quando abri os olhos, corri para a tela do meu celular: nenhuma ligação, nenhuma mensagem. Continuei olhando fixa para o visor, esperando que alguma notícia chegasse a qualquer instante. Sentei-me em minha poltrona azul, e comecei a reparar como tudo ao meu redor havia perdido a cor. As vidas pareciam mais apagadas, desbotadas, escuras. Não tinha vontade de sorrir, de me arrumar, de viver. Todos ao meu redor começaram a perguntar o motivo daquela tristeza, porém eu ficava calada.
Outra vez, acabei notando como a sua presença me fazia mais feliz, por mais subjetivo que isso parecesse. Só queria estar com ele para sempre, não soltá-lo, não deixá-lo partir. Ele longe, só comprovava novamente o que já tinha em mente – ele era minha vida, e isso, não podia negar. Agora, será que foi certo ele saber disso?

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