sábado, 26 de março de 2011

The Strangers;

Não se sabe quando surgiu, ou daonde veio. Ou qual seu nome. Não se pode descrever, e está além da capacidade de entendimento, não sei se a minha - e dele - ou também das pessoas ao nosso redor. Só sei que chegou manso, andando em minha direção com algo diferente em seu olhar, um brilho que nunca havia fitado antes. Caminhava de uma forma engraçada, meio desnorteado, como se também não tivesse controle do que estava acontecendo ali. Apenas sorria e sorria e sorria. Sem parar. Tinha um sorriso divertido, que contagiava todas as pessoas ao seu redor. Aquele sorriso que contagiava por mudar com uma facilidade impressionante, e conforme sua mudança, mudava também o sentimento que expressava com suas linhas simples, e marcantes. Agora, o desconhecido mesmo não era a figura em si, mas o sentimento que ela passava. Possuía uma essência de paixão, um toque leve de felicidade, contornado pela ansiedade natural dos antigos enamorados.
Não é comum, é diferente das outras vezes. Talvez não tão intenso, porém mais marcante. Não é paixão no sentido exato da palavra, porém talvez possa se tornar amor com o passar das tardes ensolaradas. Observei a necessidade de contar o que sentia, dias atrás. Aquela necessidade de esclarecimento, para que então, possa continuar contando minha história – atual. E real, pode-se dizer. Algo dentro de mim estava pronto para essa mudança, bastavam que algumas pequenas fagulhas de sinceridade retornassem a minhas mãos.
Agora, o que mais mexeu comigo, foi saber que pela mente dele, passa o mesmo. A sensação do desconhecido, uma espécie de medo do novo também, e essa mistura de sentimentos que teimam em brigar entre si, e se desnortear, de forma que ambos não possamos entender o que sentimos, e as dimensões que esses novos, - e reais - sentimentos possam nos trazer.
Bem, e por mais preciso que isso possa parecer, a mescla de sentimentos em si, me mudou de certa maneira, mas o principal ponto foi a tranformação do ambiente em que eu, particularmente, vivo. Gosto de chamar de paraíso, pois agora aos meus olhos, em meu mundo não há complicações, os dias não possuem fim de forma que o céu celeste que tanto desperta meu interesse sempre está a vista, brilhando intensamente. A noite? Bem, a noite não chega. Ou, quase nunca chega, por isso é esperada com clamor por todos, apreciada raridade. Não surgiam apenas estrelas cadentes e luas com seus ciclos, sempre havia uma surpresa, um nascimento de um novo ser repleto de luz.
Eu sei, parece loucura aos olhos de pessoas normais, mas eu sendo anormal de minha maneira, desejo que isso não passe. E por isso, não me importa o que você se tornou, ou o quanto mudou. Não me importa o que eu me tornei, o quanto ou o porque mudei. Me importa que você esteja aqui uma vez, e outra, e outra. Importa que a felicidade bata novamente a nossa porta. Importa (…) que te amo.


 

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